Ocorreu hoje (29/11) no auditório do SINDRURAL, ao lado
da UTFPR, importante palestra conduzida pelo Prof. Ms. Luiz Carlos Paixão da
Rocha, sobre a lei 10.639/2003, que modificou a LDB, lei 9394/1996, tornando
obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana nas
escolas brasileiras, das redes públicas e particulares.
A palestra foi promovida pela APP Sindicato – Núcleo Sindical
de Cornélio Procópio, Nucleo Regional de Educação de Cornélio Procópio e
Secretaria Municipal de Educação de Cornélio Procópio, compondo as atividades da
Semana da Consciência Negra, que fazem parte do calendário oficial da educação
municipal e estadual.
A abertura do evento contou com um lindo desfile de alunos
e alunas da rede municipal e pessoas da comunidade, mostrando toda a beleza da
cultura Afro-brasileira.
Em seguida o Prof. Paixão deu início à palestra, discorrendo
sobre lei 10.639/2003, legislação essa que veio propor novas diretrizes
curriculares para o estudo da história e cultura Afro-brasileira e Africana,
preenchendo uma lacuna histórica no ensino brasileiro. Ele destacou, por
exemplo, que os educadores devem ressaltar em sala de aula a cultura Afro-brasileira
como constituinte e formadora da sociedade brasileira, na qual os negros são
considerados como sujeitos históricos, valorizando-se, portanto, não apenas
aquilo que tradicionalmente era objeto de estudos, mas também o pensamento e as
ideias de importantes intelectuais negros brasileiros, a cultura (música,
culinária, dança) e as religiões de matrizes africanas.
Prof. Paixão ressaltou
ainda que com a Lei 10.639/2003 foi instituído o dia Nacional da Consciência
Negra (20 de novembro), marcando a resistência do povo negro, em homenagem ao
dia da morte do líder quilombola negro Zumbi dos Palmares. O dia da consciência
negra é marcado pela luta contra o preconceito racial no Brasil.
Como destacou o Prof.
Paixão, o ensino da história e cultura Afro-brasileira e Africana, após a
aprovação da Lei 10.639/2003, constituiu-se num elemento importantíssimo para
garantir uma ressignificação e valorização cultural das matrizes africanas que
formam a diversidade cultural brasileira. É por isso que os professores exercem
importante papel no processo da luta contra o preconceito e a discriminação
racial no Brasil, ao aplicar eficientemente a lei, embasados numa formação
teórica sólida.
Fotos: Prof. Bertô Beertolazi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário